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Sou doutora em Literatura. Escrevo há mais de 15 anos, mas sem disciplina. Sou aquela escritora que se guarda para o futuro, à espera de um grande acontecimento. Sinto que chegou a hora. É com retalhos e epopeias que me inventarei - com pequenos e grandes eventos - com fragmentos e grandes feitos - serei a tecelã de uma história e a sua heroína. Serei Penélope e Odisseu. Me acompanhe nesta viagem! Colunista da seção de Escrita Criativa na comunidade literária Benfazeja. Livros publicados: FLAUIS (2010) e RETALHOS E EPOPEIAS (Editora Patuá, 2012). Mais sobre mim em meu site oficial

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18 novembro, 2010

REFLEXÕES SOBRE A LITERATURA INFANTIL


Amplamente difundida na contemporaneidade, a literatura infantil parece não apresentar dificuldades de definição, nem tampouco mistérios e conflitos na discussão de suas especificidades. No entanto, como em todo assunto, por mais simples que possa aparentar, é necessário o aprofundamento das reflexões. E envolvidos nessas reflexões críticas descobrimos que a literatura infantil é um tema para ser discutido seriamente.Historicamente, a literatura infantil teve seu início apenas nos séculos XVII e XVIII, juntamente com o nascimento da burguesia. Nas épocas anteriores, não havia a preocupação em desenvolver obras e temas específicos para crianças, pois a infância não era ainda considerada como fase importante na vida do homem; era, pois, natural que as crianças nobres fossem educadas com a leitura de obras clássicas, as mesmas lidas pelos adultos, ou com as histórias de cavalaria e aventuras, popularmente difundidas e consumidas pelas classes baixas. Somente na Idade Moderna, portanto, ocorre a descoberta de que os interesses e necessidades das crianças são diferenciados e mereciam atenção específica.Porém, se por um lado, a descoberta foi um progresso nas relações familiares e na própria formação da criança, por outro gerou um impasse na literatura, pois desde o início estabeleceu-se a associação entre literatura infantil e pedagogia, com fins de moralização e educação, o que, muitas vezes, esvazia o texto de seu valor estético e reduz a literatura infantil a um gênero menor na esfera da literatura geral.A literatura infantil não deve, pois, ser apreciada em sua função utilitário-pedagógica. Mais do que formar o pensamento da criança e apresentar-lhe um código de valores, a obra escrita para crianças é essencialmente a mesma obra de arte destinada aos adultos, com os mesmos recursos e procedimentos literários utilizados na criação da literatura geral. A facilitação e a redução artística não só empobrecem o texto, tornando-o artificial, como são percebidas pela própria criança, que desconfia e se desinteressa da leitura. Mesmo que a criança ainda não utilize as diversas construções da linguagem, não significa que ela ainda não possa compreender os ornamentos do texto, chegar às suas próprias conclusões, produzir uma interpretação e igualmente criar seu comportamento. A simplicidade requerida pela literatura infantil não implica que ela deva ser pueril e destituída de recursos poético-narrativos.Assim, para a escrita de obras infantis, bem como para a escolha de uma boa bibliografia de leitura, é importante não desmerecer a capacidade da criança de percepção e interpretação e, deste modo, oferecer a ela a possibilidade de desenvolver a análise crítica e poética, a apreensão do sentido metafórico das coisas e as habilidades que propiciarão a compreensão de si e a sua relação com o mundo.

Artigo publicado em http://www.jperegrino.com.br/

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  • Cem anos de Solidão. (Gabriel Garcia Marquez)
  • Crime e Castigo. (Dostoiévski)
  • Folhas de Relva. (Walt Whitman)
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  • O homem que comprou a rua. (Tarcísio Pereira)
  • O Perfume. (Patrick Süskind)
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