Profundamente olho para trás, para além dos espelhos que contornam a escuridão do claustro. Nenhum rosto, nenhuma face que me alumbre o lar. Mas ele ali está. E permanece. Como a irradiar pensamento e aura pelo tempo veloz que nos separa. Posso revigorar o laço, mas não o abraço. Ouço a voz do conforto quando a ânsia me domina, voz vinda dos recônditos alados desse amor que não se esfuma da memória. Nada encontro hoje de palpável, nenhuma solidificação concentra os acertos do tempo de outrora. Só o passado, na presença espiritual. Um homem sem corpo, sem sombra... a olhar minhas desfiguradas estátuas moldadas com mãos de barro, com mãos de gesso, com mãos de gelo. Consciente estou de que na próxima parada perderei todas as minhas mãos e de que o olhar se voltará para outro lado, quando eu já puder dar forma à sua nuvem.
18 novembro, 2010
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