A postagem anterior - Café Filosófico e Lançamento de FLAUIS de Carolina Bernardes - é, evidentemente, um evento que já aconteceu. Parece estranho eu divulgar uma nota, com convite, a respeito de uma Noite de Autógrafos com Café Filosófico que ocorreu em abril deste ano. Mas... Como a ideia do blog surgiu muito tempo depois, tenho feito um retrospecto de alguns acontecimentos de minha "Biografia Literária", desde os primórdios, no Tempo das Cavernas, quando eu escrevia nas pedras ainda.... (nem tanto, não tenho coragem de mencionar neste blog meus textos dos 13 anos).
FLAUIS: ORIGENS

Meus pais sempre acharam lindo ter uma filha que escreve, mas nunca quiseram bancar... Nunca me ofereceram a grana para pagar a edição, como fazem alguns escritores estreantes.
Apenas uma vez arrisquei enviar os originais à editora que, obviamente, foram recusados com a velha cartinha-padrão.
Foi nesta época - 2002 - que eu buscava alternativas para conquistar uma renda e pagar umas continhas das filhas. Eu vivia na casa dos meus pais e fazia mestrado na UNESP. Recorri ao artesanato. Muitas revistas "Faça e Venda" depois, comecei a fazer cadernos artesanais. Lindinhos. Uma delícia de fazer. Meus dias eram tomados com leituras sobre Kazantzakis, Nietzsche, Bergson, Budismo, Derrida... e os vários recorte e cole em capas deliciosamente imaginadas. Ah! O tarô também era constante nesses dias e foi a melhor descoberta para curar a tristeza de um amor não correspondido.
Recortando e colocando e vendendo para amigos (a atividade rendia duzentin por mês), veio a EPIFANIA! Caiu inteira em meu quarto, entre os papéis e livros. "Vou montar meus próprios livros!" Nada original, eu sei! Mas é original no momento em que temos a ideia e ela parece ser a saída esperada. Iluminação total, felicidade, esperança, futuro certeiro.
Eu não tinha nada escrito que valesse a pena. Porque crescemos e os textos não. Era, portanto, necessário escrever. Mais uma atividade para esses dias já tão intensos. Escrever foi a salvação, a recuperação, o bater de asas. Em um mês, redigi os contos de O Centauro Amarelo. Não preciso nem dizer que a inspiração veio do amor, aquele mesmo do tarô. Redigi e criei a capa. Comprei uma impressora bacana e passei a produzir diariamente os meus livros.
Noite de Autógrafos em Campos do Jordão (essa história fica para outro dia) e outra em Ribeirão Preto em 2003 (para outro dia também). Pronto, eu já tinha a técnica!
FLAUIS foi, assim, o aprimoramente do primeiro livro. Todas as suas páginas contêm ilustrações feitas com recorte e colagem. O livro seria irreproduzível em série por minhas mãos. Não dava para repetir o feito do Centauro. Um livro que ficou guardado, esperando uma oportunidade. Em 2008, escrevi A Clarideia de Percival, mais um livro artesanal, também com ilustrações. Porém, este sim foi possível reproduzir e deu certo.
FLAUIS esperou mais tempo e só está aí, disponível para todo mundo, porque ganhou o Concurso Literário Grandes Empresas na Literatura de 2009. À venda somente em contato com a autora. Continuo sem editora...
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Você será recolhecida por seu talento. É só uma questão de tempo.
Abraço
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