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Sou doutora em Literatura. Escrevo há mais de 15 anos, mas sem disciplina. Sou aquela escritora que se guarda para o futuro, à espera de um grande acontecimento. Sinto que chegou a hora. É com retalhos e epopeias que me inventarei - com pequenos e grandes eventos - com fragmentos e grandes feitos - serei a tecelã de uma história e a sua heroína. Serei Penélope e Odisseu. Me acompanhe nesta viagem! Colunista da seção de Escrita Criativa na comunidade literária Benfazeja. Livros publicados: FLAUIS (2010) e RETALHOS E EPOPEIAS (Editora Patuá, 2012). Mais sobre mim em meu site oficial

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Todos os textos são de autoria de Carolina Bernardes. A cópia não é autorizada e configura plágio. Tecnologia do Blogger.

24 março, 2011

CELEBRAÇÃO

Imagem: Bianca Bloom.
Integra a obra A Clarideia de Percival de Carolina Bernardes


Está chovendo em minha cidade há mais de vinte dias. As pessoas já se cansaram. A roupa no varal não seca, a casa cheira a tudo menos coisa boa, as mesas na calçada dos bares sem nenhuma alegria.

Mas hoje, estou amando esse dia nublado, que molha minha janela, lava meu quintal e clarifica minha alma. Uma passagem de meu livro FLAUIS é reveladora deste significado:

“A chuva faladeira contava histórias dos mares e das terras distantes, onde os povos falam outras línguas. Cantarolava as músicas dos amores e das alegrias de outros mundos que ela conhecia.”


Outra passagem sobre a chuva, em meu livro A CLARIDEIA DE PERCIVAL:


“E a chuva começou a gotejar. Pingo atrás de pingo, a Terra foi se molhando. Os pensamentos todos voaram e foram lavados pela chuva, só a alegria permaneceu, pois no ciclo da natureza, este era o momento da renovação, em que a terra se fortifica para brotar novamente.
Completamente molhadas e felizes, as crianças não agüentaram ficar paradas, queriam brincar, correr, se lambuzar na terra e dançar com a chuva da esperança. Abraçaram-se, correram, riram, pularam nas poças formadas na grama, subiram nas árvores, sacudiram galhos para molhar ainda mais o companheiro, ouviram o som do trovão sem medo.”

É com esta mesma alegria que sinto a chuva hoje. Enquanto olho para meu espaço interno, aquele onde todas as coisas são reais, sem velhos hábitos e padrões. Estou nascendo de novo. E esta chuva é a minha festa de aniversário.

Não espero que me enviem presentes. Que me cumprimentem. Que me procurem para dizer que sou querida. Estou aqui, eu vim, eu quero.
 Quero estar exatamente onde estou, com minhas idéias, meus animais aninhados em minha cama, enquanto redijo palimpsestos e caligramas pelo meu corpo. Quero estar com os ouvidos atentos ao invisível, o olhar perspicaz ao que não sou. Quero apreciar a flor de lótus que emerge de um caos profundo, enquanto danço. Simplesmente danço e agradeço por gostar de estar aqui, neste pequenino espaço, com janelas molhadas, frases inacabadas e a memória de inscrições antigas que se perderam... fragmentos valiosos de quase-nada. Seja bem-vindo à minha festa. Não ofereço bolo, doces e música alta.
Ofereço apenas a CLARIDEIA.

“Olhe para a vida: você vê tristeza em alguma parte? Você já viu uma árvore deprimida? Você já encontrou um pássaro movido por ansiedade? Já viu algum animal neurótico? Não, a vida não é assim, absolutamente.”

“A inocência de uma vida plenamente vivida tem um quê da sabedoria e da aceitação do milagre da vida em eterna mudança”.
OSHO

1 Comentaram. Deixe seu comentário também!:

PAULO TAMBURRO. disse...

OLÁ CAROL,

seu blog é um dos melhores que tenho visitado até hoje.

Sem demagogia!

Um imenso abraço carioca e fique com Deus.

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LIVROS ESSENCIAIS

  • A Demanda do Santo Graal. (Anônimo)
  • A vida e as opiniões do cavalheiro Tristam Shandy. (Laurence Sterne)
  • Ascese. (Nikos Kazantzakis)
  • Cem anos de Solidão. (Gabriel Garcia Marquez)
  • Crime e Castigo. (Dostoiévski)
  • Folhas de Relva. (Walt Whitman)
  • Húmus. (Raul Brandão)
  • Judas, o Obscuro. (Thomas Hardy)
  • Mahabharata (Anônimo)
  • Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis)
  • Narciso e Goldmund. (Hermann Hesse)
  • O casamento do Céu e do Inferno. (William Blake)
  • O homem que comprou a rua. (Tarcísio Pereira)
  • O Perfume. (Patrick Süskind)
  • Odisseia (Kazantzakis)
  • Odisseia. (Homero)
  • Os Cadernos de Malte Laurids Brigge. (Rainer Maria Rilke)
  • Peter Pan. (J. M. Barrie)
  • Poemas (Seferis)
  • Poemas Completos de Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)
  • Zorba, o grego. (Nikos Kazantzakis)

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