Espalhei-me no corredor enquanto você dormia.
Não acorde.
Se ouvir meus soluços reconhecerá o erro. Sim, a
folha que rasgou do caderno cifrado.
Cuidado... não acorde. A inocência do sono o
protege.
Ele não deve saber... Está cansado, voltou da
guerra. Muita luta na mochila, muito laivo de
esperança. Sabe pouco do que ficou... do caderno que rasgou.
Dorme. Dorme como sonha como esquece. Dissolve
as palavras, o lapso, a dor.
Ninguém ama quando dorme.
Eu mesma, confusa de amar, no escuro esqueço se
é o amor. Corpo inerte suspenso no ar e na
duração. Cavaleiro inexistente que desamo por amar.
Não acorde.
No escuro esqueço.
Não me acorde.
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Olá Carolina, muito obrigado pela visita e pelas palavras deixada no meu blog...
Já andei lendo o seu espaço, e ví que vc é uma escritora de mão cheia,adoro vir visitar aqui...
Esse poema por exemplo, achei muito bom! "ninguém ama quando dorme" "no escuro esqueço" tá aí uma verdade!
Um abraço!
Obrigado amiga Carolina, pela visita e comentário no meu blog.
Adorei esse poema "ninguém ama quando dorme" nem tão pouco machucamos... uma verdade!
grande abraço!
Olá Carolina,
Me sinto até constrangido em comentar o texto, porque às vezes me permito a tentar entender o que realmente as pessoas querem expressar ou simplesmente "deixar no ar".
Prefiro ambas as situações indo de encontro a apenas um canal: sabedoria.
Isso você usa com qualidade em seus textos.
Fiquei pensando num diário, num cansaço e no alimentar do corpo com o sono.
Parabéns, é o que posso dizer.
Abraço
Querida escritora, há um presentinho para ti em meu blog Lectando-me. Com carinho, ofereço-te.
Abraço,
Jasanf.
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