Ontem esfriou. Abri meu armário de roupas de inverno e tentei me agasalhar.Peguei uma vermelha - o cheiro era insuportável. A preta. A cinza. A lilás. Impossível sair de casa com tamanho fedor. Nem que fosse para comer cachorro-quente sentada na calçada...
Amanheceu - neblina e sol. Vimos um carro atropelando um motoqueiro. O homem estatelado no chão e a moto destruída. Meus olhos se encheram de lágrimas. Manhã estranha de neblina.
Pendurei minhas roupas de inverno preferidas no varal - para tomar sol. Lindo sol de outono, sem inferno astral. Todo o cheiro foi embora. Não dá para estender o armário no varal.
Cortando batatas para fazer tortilha, senti a aproximação. Veio de perto, conhecida, antiga. A montanha, a faculdade, os amores, as esperanças, o centauro, a iluminação - tudo misturado, amalgamado em única sensação. Voltou do estrangeiro, das zonas escuras, da imensidão invisível. "Eu sou a noite a quem a luz devora" (Kazantzakis)
No telefone, uma história trágica. Mãe e dois filhos no carro. Estrada. Desviar de um cão atravessando. Carro capota. Crianças são arremessadas. Mãe sai ilesa.
Para tirar o cheiro de mofo do armário, compre essência de alfazema (encontrada em lojas de perfumaria). Misture um vidrinho de essência (8 ml) em 2 copos de água e coloque em um borrifador. Semanalmente, passe em seu guarda-roupas, deixando as portas abertas por um tempo. Não há problema que a solução entre em contato com as roupas.
ALGUÉM TEM AÍ UM VIDRINHO DE ALFAZEMA PARA ME ARRUMAR?
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Me lembrou uma passagem que gosto numa música antiga: “Walking proudly in our winter coats
wearing smells from laboratories”.
Gil, esta você tirou do armário mofado, não?
"Let the sunshine in
The sunshine in
Let the sunshine
Let the sunshine in
The sunshine in
Let the sunshine."
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